Para dar voz à população e ouvir dela as demandas e problemas mais urgentes das cidades em relação ao saneamento básico, iniciou, na segunda-feira (23), a fase de conferências municipais. A primeira conferência do ciclo de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico acontece nas cidades de Itacuruba, Jatobá, Ibimirim, Santa Maria da Boa Vista, em Pernambuco, e Água Branca, em Alagoas.
Nesta fase, o Instituto de Gestão de Políticas Sociais (Gsois), empresa contratada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco através da Agência Peixe Vivo, concluiu o produto dois dos seis que serão entregues até o final dos trabalhos, previsto para 2022. O produto dois explica em detalhes o Diagnóstico da Situação do Saneamento Básico de cada município. Os documentos com cerca de 650 páginas definem o resumo histórico das cidades nos eixos de abastecimento de água incluindo especificações como a qualidade da água, prestador do serviço e infraestrutura e percepção da comunidade; esgotamento sanitário descrevendo a cobertura dos serviços, investimento, entre outros fatores; além da destinação dos resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais.
O diagnóstico do saneamento detalha ainda formas de acondicionamento de resíduos sólidos, tratamento e manejo, destinação final, identificando também passivos ambientais e inter-relação com saúde, responsabilidades quanto à implementação e operacionalização. Além disso, também traça uma análise dos sistemas de manejo e drenagem das águas de chuva e das técnicas e tecnologias utilizadas fazendo o diagnóstico e caracterização dos sistemas de drenagem.
“Nesta etapa a gente apresenta um relato das situações encontradas em cada município. O trabalho consiste em apontar aqui os problemas recorrentes e o que precisa de soluções, soluções essas que serão pensadas a partir da conclusão desta fase, no prognóstico”, explicou o engenheiro civil José Luiz de Azevedo Campelo, coordenador geral dos estudos. A elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico tem o prazo de 14 meses. O coordenador destacou ainda que dos 507 municípios pertencentes à Bacia do São Francisco, somente um trata 100% do esgoto e outros 150 lançam o esgoto diretamente no rio sem tratamento.
O gestor municipal de Santa Maria da Boa Vista, George Rodrigues Duarte, ressaltou que o plano vai subsidiar um crescimento ordenado da cidade. “Através do plano teremos subsídio e informação no que diz respeito ao saneamento do município que tem uma diversidade grande com área de sequeiro, quilombola e muitos distritos. Ficamos felizes pela participação da população porque é ela quem indica o problema real, não adianta a gente imaginar e com o plano vamos poder correr atrás de recursos para colocar em prática o que o plano apontar”.
Os documentos referentes ao diagnóstico do saneamento estão disponíveis para leitura no site do Gesois através do link http://www.gesois.org.br/novo/
Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
*Foto: Edson Oliveira