17/12/2019 - 8:55
No último sábado (14), o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, ministrou, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso durante o evento Gestão Pública de Resultados – Inovação, Eficiência e Transparência – Cidades e Gestores organizado pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), uma palestra com o tema “Os Desafios da Gestão Participativa das Águas”.
Miranda falou sobre as ameaças do aquecimento global que tem sido potencializado pela destruição dos principais biomas. Além disso, abordou o modelo hegemônico e antiquado de geração da hidroeletricidade, o problema das vazões e os conflitos com os demais usos múltiplos das águas.
Segundo Anivaldo Miranda, as vazões reduzidas despertam um fantasma acerca da baixa qualidade das águas do rio São Francisco. “O mau uso do solo, bem como o uso irracional das águas e a morte de aquíferos tem trazido grande preocupação para o Comitê. Outras ameaças são as barragens de rejeitos industriais e da mineração. Precisamos avançar em um programa de revitalização do rio São Francisco porque não existe um plano B se algo acontecer a ele. Se houver um acidente relacionado à mineração na região do rio São Francisco inviabilizaremos o uso das águas. São milhões de nordestinos que dependem dessa água. Infelizmente estamos nos dando ao luxo de destruir um rio por ano, mas não podemos chegar ao ponto de tornar isso insolúvel”, explicou.
Miranda pontuou ainda os projetos de recuperação hidroambiental colocados em prática por esta gestão do Comitê. Dentre eles, há 58 projetos que foram concluídos entre 2012 e 2019, um projeto encontra-se em andamento, já foram investidos R$ 42.300.011,90 em projetos a favor do rio São Francisco e mais de 60 municípios receberam os benefícios do CBHSF.
Veja as fotos do evento:
Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
Texto e fotos: Deisy Nascimento
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