“O Comitê do São Francisco é a instituição que mais investe na elaboração de planos de saneamento básico de municípios ribeirinhos”, disse o presidente da entidade, Anivaldo Miranda, durante a sua apresentação no SemiáridoShow 2015, ocorrida nesta quarta-feira (21.10), em Petrolina, no agreste pernambucano. A declaração veio a propósito de cobrar contrapartida dos governos estaduais e federais no que tange a execução desses planos, no sentido de diminuir a forte degradação ambiental que assola o rio.
“É inaceitável que cidades como Juazeiro e Petrolina continuem despejando os seus dejetos no curso d’água do São Francisco. Criamos os primeiros 25 planos, com a garantia que novos virão. Agora, é preciso colocá-los em prática. Isso é responsabilidade do Estado e União”, pontuou. Com recursos da cobrança pelo uso da água, o CBHSF aplicou cerca de R$ 7 milhões na iniciativa.
Miranda voltou a reivindicar uma agenda futura para a bacia do São Francisco, especialmente na mudança da matriz energética do país. “As águas da bacia do São Francisco não podem e não têm condições de serem demandadas nessa intensidade pelo setor elétrico. Será preciso pensar outras alternativas para a geração de energia, caso contrário o rio São Francisco estará fadado ao fim,”, comentou.
O ambientalista reforçou ainda o pedido da entidade de compor o tão esperado Conselho Gestor da Revitalização da Bacia do Rio São Francisco, previsto pelo governo federal. “O governo prometeu que a cada real gasto na transposição, o mesmo valor seria investido na revitalização. Só que isso nunca ocorreu”, disse, lembrando os R$ 8,2 bilhões já orçados para o projeto da transposição.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF