A Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI), realizou nesta sexta-feira (9), o resgate de mais de 300 animais durante ação de fiscalização em Alagoas. Eles receberam tratamento no centro de triagem provisório montado em Santana de Ipanema, no Sertão alagoano.
Mais de 140 animais já foram devolvidos ao seu habitat natural, outros permanecerão no centro para receber cuidados até estarem prontos para retornar a natureza. Há ainda a possibilidade que alguns destes animais não retornem ao seu meio nativo devido ao longo tempo de cativeiro.
Nesta última ação foram libertados 20 jabutis e 323 aves. Outros 25 animais serão encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do Ibama, em Maceió, para passar por um processo de tratamento de maior duração, ou que serão devolvidos a natureza em outro momento, por não pertencerem ao bioma caatinga.
FPI, que está na 9º Etapa, já resgatou cerca de 500 animais silvestres, entre aves, répteis e mamíferos. Na última terça (6), outros animais resgatados pelas equipes, nas cidades de Palestina e Pão de Açúcar, no Sertão alagoano, já haviam retornado ao seu habitat natural. As espécies mais encontradas são galos de campina, caboclinhos e extravagantes, que são típicos do bioma caatinga.
De acordo com Epitácio Correia, coordenador da equipe Fauna e gerente de fauna, flora e unidades de conversação do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), existem meios legais tanto para a criação quanto a comercialização de animais silvestres.
“O cidadão pode comprar animal de um criadouro licenciado, que emite toda a documentação. O animal vem marcado com numeração e é criado em cativeiro, não sendo de vida livre. Já a comercialização seria um empreendimento comercial de fauna Silvestre, o que requer um rito de licenciamento mais robusto, com licenças prévias, projetos de segurança e responsáveis técnicos”, explica o coordenador.
*Texto: Lícia Souto
*Fotos: Jonathan Lins/FPI do Rio São Francisco