As Equipes da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) percorreram no final de novembro a região Noroeste de Minas Gerais, e apreenderam 155 animais silvestres criados ilegalmente. Outros 140 foram entregues voluntariamente por moradores das cidades de João Pinheiro, Presidente Olegário, Patos de Minas e Vazante. Foram mais de 70 papagaios (69 papagaios verdadeiros e 6 papagaios galegos).
Alguns animais foram encontrados em condições precárias de saúde: obesidade, penas quebradiças e mal-formadas, e crescimento exagerado das unhas. Um dos casos que chamou a atenção das equipes foi uma fêmea de azulão que estava com as vias aéreas totalmente obstruídas – situação clínica chamada de rinolito – e teve de ser submetida a um procedimento para abrir as narinas.
O médico veterinário Aníbal Souza, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad), que participou das duas etapas da FPI Minas realizadas nas regiões Norte e Noroeste do estado, acredita que diversos vários fatores motivam as pessoas a entregarem espontaneamente seus animais. “Manter animal silvestre em casa é crime, mas na entrega voluntária o cidadão não sofre nenhuma penalidade. Isso pesa na decisão. Em outros casos, a pessoa se sensibiliza quando dizemos que animal silvestre não é doméstico”, afirmou.
Os animais resgatados pela FPI Minas foram encaminhados a um Centro de Triagem (Cetas) provisório, em Brasília e Juiz de Fora, onde receberam os primeiros tratamentos. Cada um deles foi examinado e recebeu uma anilha de identificação dos órgãos ambientais.
Foto: Divulgação FPI
Texto: Licia Souto