A Expedição Vidas Áridas, que percorreu 12 municípios ribeirinhos da bacia do São Francisco, em Minas Gerais, chegou ao fim no último dia 27 de setembro. A caravana, formada por cinco membros, percorreu em 14 dias aproximadamente 600 quilômetros a barco e 2800 quilômetros de carro. O objetivo foi realizar um diagnóstico da atual situação da parte mineira da bacia, que vem sofrendo os prejuízos decorrentes desta que é tida como a pior seca em 100 anos.
De acordo com o membro do CBHSF – a entidade foi uma das apoiadoras do projeto -, Antônio Jackson, “a situação é de total desolação”. Ele relatou que durante a viagem pode vivenciar de perto os problemas da bacia. “O rio São Francisco vive momentos tristes com a poluição, o assoreamento, a pesca predatória, queimadas, agrotóxicos, entre outros problemas”, listou. “Isso está acabando com o nosso querido rio”, lamentou. Ele destacou ainda que o trecho do rio entre a Usina Hidrelétrica de Três Marias e a foz do rio Abaeté, importante afluente do São Francisco, corre o risco de secar caso não chova nos próximos vinte dias. “O rio São Francisco será interrompido em 38 quilômetros. Será um desastre. O percurso ficará totalmente seco entre a represa e a foz do Abaeté”, contou.
O próximo passo dos organizadores é promover um documentário de oito capítulos retratando esta expedição. Além disso, eles encaminharão o diagnóstico para os órgãos responsáveis, tanto do governo federal quanto estadual. O intuito é que medidas emergenciais sejam adotadas na tentativa de salvar o rio.
As cidades visitadas pelos ambientalistas foram: Três Marias, Pirapora, Buritizeiro, Ibiaí, Ponto Chique, São Romão, São Francisco, Pedra de Maria da Cruz, Januária, Itacarambi, Matias Cardoso e Manga.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF