O processo de licenciamento da hidrelétrica de Xingó, localizada entre Alagoas e Sergipe, está sendo discutido desde a última terça-feira (14.06) em reuniões públicas promovidas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nos municípios de Canindé de São Francisco e Propriá, ambos em Sergipe. Na tarde desta quinta-feira (16 de junho), um novo encontro aconteceu em Penedo (AL), contando com a presença do presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda.
Miranda pontou questões importantes a serem debatidas pelo órgão federal antes da renovação da licença operacional de Xingó. Destacou que os especialistas voltam a sinalizar para um cenário de crise hídrica em 2016, motivo pelo qual é essencial acompanhar os impactos causados na região do Baixo São Francisco com o funcionamento da hidrelétrica. “Destaco a importância de preservar e manter as lagoas marginais do São Francisco. A preocupação do Comitê é com a quantidade, mas, principalmente, com a qualidade da água”, completou.
A equipe técnica do Ibama explicou que o processo de licenciamento não representa uma decisão final. Conforme disse, o diálogo junto aos diversos segmentos envolvidos no processo pode aprimorar o licenciamento e operação da usina hidrelétrica. O analista ambiental Romeu Boto Neto, chefe da Divisão Técnica da Superintendência do Ibama em Sergipe, ressaltou: “O Ibama apresentou uma série de exigências, antes do licenciamento. Uma delas é que se preservem as espécies nativas”.
Participaram da reunião, realizada na Casa da Aposentadoria, os superintendentes do Ibama na Bahia e Alagoas, respectivamente Célio Costa Pinto e Mário de Moraes, além de representações da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e pescadores.
O processo pode ser acompanhado pela internet, clique aqui.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF