Durante a tarde desta terça-feira (16) a Diretoria Colegiada (DIREC) do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) participou de reunião extraordinária, realizada de modo virtual, para concluir as tratativas sobre o fechamento do Plano Orçamentário Anual (POA 2022).

O POA, elaborado a partir de grupos de finalidade, programas e ações presentes no Plano de Aplicação Plurianual (PAP 2021-2025) é constituído de sub-ações e será realizado com recursos financeiros oriundos da cobrança pelo uso de recursos hídricos na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Contemplando desde a elaboração de estudos técnicos, execução de obras, educação ambiental, revisão dos planos de saneamento básico, capacitações, até o funcionamento administrativo do CBHSF com a organização e realização de reuniões, por exemplo, o Plano será submetido à Plenária do Comitê para aprovação, cuja deliberação resultante deve conter o detalhamento das ações do PAP 2021-2025, relativo ao exercício 2022.

“Atendendo a uma solicitação da Direc, voltamos a nos reunir para verificar se há alguma nova proposta a ser incluída no documento e abrir espaço para os direcionamentos que forem necessários para a conclusão do POA”, explicou o gerente de projetos da Agência Peixe Vivo, Thiago Campos.

O coordenador da Câmara Consultiva do Baixo São Francisco, Anivaldo Miranda, pontuou, entre outras ações, a importância de considerar a possibilidade da realização de eventos interrompidos nos últimos anos, devido à pandemia do coronavírus, como a campanha Eu Viro Carranca para Defender o Velho Chico. Originalmente realizada nas quatro regiões fisiográficas da bacia, a campanha aconteceu de modo virtual em 2020 e 2021. “É importante considerar que, se no próximo ano, estivermos com maior controle em relação à pandemia, eventos como a campanha podem voltar a acontecer no modelo que sempre realizamos, de forma presencial e reunindo diversas pessoas e comunidades. Portanto, o POA deve contemplar estas mudanças que podem ocorrer ao longo dos meses”, afirmou.

Questões que passam pela contratação de consultorias especializadas sobre temas de relevância para a bacia também foram apontadas como um importante investimento que o CBHSF vem fazendo. Como exemplo, a Diretoria citou o andamento da consultoria realizada pelo hidrólogo Leonardo Mitre para assessoramento técnico, no âmbito da Sala de Situação do Rio São Francisco. A consultoria tem o prazo de acompanhamento de seis meses e realiza, ao final de cada reunião, um relatório com as atividades desenvolvidas, relato da reunião e as principais considerações sobre os aspectos apresentados na reunião.

O consultor desenvolve atividades de identificação das principais fontes de informações sobre os índices de chuvas, vazões ocorridas ao longo do eixo do rio São Francisco nos últimos meses e volumes dos reservatórios, faz a busca e análise das informações visando a verificação do histórico referente aos últimos meses para a bacia do rio São Francisco, a análise de outros estudos já desenvolvidos sobre o tema, ressaltando o estudo de “Avaliação da Operação de Reservatórios de Água e Definição de Subsídios para Proposição de um Pacto das Águas na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco”, desenvolvido pela Agência Peixe Vivo, e o Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. “Este é o tipo de investimento que não pode faltar no Comitê, principalmente nesse momento que estamos vivendo grandes desafios em termos de segurança hídrica”, pontuou Miranda.

O presidente do CBHSF, Maciel Oliveira concluiu que é importante assegurar a continuidade das ações do Comitê e garantir que haja recursos suficientes. “A gente precisa estar com o ‘pé no chão’ e assegurar a capacidade do Comitê em executar as ações previstas, para que nos próximos anos consigamos aumentar ainda mais a oferta de serviços para mais localidades”.

Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
*Foto: Edson Oliveira