No segundo dia de palestras que acontecem na XXXVII Plenária Ordinária em Aracaju, um tema importante em relação ao rio São Francisco foi apresentado. O professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e coordenador da II Expedição Científica Baixo São Francisco, Emerson Soares, trouxe resultados das ações realizadas durante os dez dias nas cidades de Piranhas, Pão de Açúcar, Traipu, Porto Real do Colégio, Propriá, Igreja Nova, Penedo e Piaçabuçu.
A expedição que teve o apoio do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) contou com a participação de 47 pesquisadores entre brasileiros, um espanhol e um português e 12 estudantes universitários de 13 instituições de ensino, pesquisa e extensão que se envolveram nas atividades ao longo de mais de uma semana. De acordo com dados repassados pelo coordenador da expedição, foram aproximadamente duas mil visitas à embarcação e mil e duzentas amostras coletadas. “Coletamos amostras de peixes, água, sedimentos, dados meteorológicos e socioeconômicos, bem como sobre assoreamento, desmatamento, níveis de poluentes, no solo, metais pesados, dados para engenharia na parte de batimetria e relevo aquático”, disse Emerson Soares.
Segundo informações do coordenador, essa expedição foi o maior marco e levantamento dos dados do Baixo São Francisco e tudo está sendo trabalhado e compilado. O resultado será divulgado em cinco meses. “Diante dos resultados dos materiais analisados vários encaminhamentos serão dados para a melhoria da qualidade da água do rio São Francisco e daqueles que se encontram nas regiões ribeirinhas, como é o caso dos pescadores”.
Veja as fotos da apresentação:
Educação Ambiental
Diversas atividades de educação ambiental foram desenvolvidas tanto na balsa onde se encontravam pesquisadores e estudantes de universidades, quanto nas escolas municipais das cidades visitadas no período da expedição. Na balsa, havia uma exposição de fotos da fauna encontrada na região do rio São Francisco, professores receberam estudantes de escolas públicas e orientaram sobre o uso da água e o meio ambiente. Ao parar a embarcação nas cidades, professores e pesquisadores foram às escolas, ministraram palestras sobre educação ambiental e distribuíram mudas de árvores nativas. “Além da educação ambiental, fizemos a mobilização social junto aos estudantes das escolas municipais e testamos um novo sistema de conversão de energia solar em elétrica. Ele foi testado durante a expedição e possivelmente será aplicado junto às regiões ribeirinhas”, pontuou.
Ao final da sua apresentação, Emerson Soares agradeceu o apoio dos órgãos e instituições que colaboraram para a realização da expedição, dentre elas o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Deisy Nascimento
*Fotos: Allan Rodrigo