Nos dias 01 e 02 de agosto, o coordenador da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco, Cláudio Ademar, esteve na cidade de Petrolina – PE cumprindo agenda institucional. Na ocasião visitou o evento Semiárido Show, a Universidade de Pernambuco (UPE) e o projeto Senador Nilo Coelho.
Acompanhado do membro da CCR e da Câmara Técnica de Comunidades Tradicionais (CTCT), Wilson Simonal, e da professora da Universidade de Pernambuco, Thaís de Oliveira Guimarães, o coordenador visitou o evento de inovação tecnológica para a agricultura familiar, Semiárido Show, realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido) que retornou às atividades presenciais depois de quatro anos. A programação incluiu capacitações em diversas temáticas voltadas para a convivência com o clima. Foram realizados seminários, palestras, oficinas e dias de campo, além de capacitações ministradas por pesquisadores e técnicos da Embrapa e instituições diversas.
Entre os temas abordados, o encontro evidenciou as tecnologias para aproveitamento de água, potencialidades, limitações e práticas para conservação de solo, irrigação de baixo custo, saneamento básico rural, bioeconomia na Caatinga, sistemas integrados sustentáveis no Semiárido, energias renováveis, preservação e uso sustentável do bioma e recuperação de áreas degradadas, entre outros. “Esses são temas da nossa vivência dentro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e o evento conseguiu reunir especialistas para debater sobre os assuntos que estão também na nossa pauta. Por isso é importante esse momento que nos possibilita conhecer o que há de novo nesses cenários”, explicou o coordenador da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco. O evento aconteceu entre os dias 01 e 04 de agosto.
Já na Universidade de Pernambuco (UPE) o coordenador da CCR se encontrou com os diretores da instituição, os professores Tarcísio Fulgêncio e Maria Aline Rodrigues. Na ocasião, além de falar sobre a importância da integração do Comitê com as instituições de ensino superior, Cláudio Ademar destacou a retomada das discussões para a organização da primeira expedição científica do Submédio São Francisco. No ano passado, uma coordenação foi montada para pensar a expedição que precisou ser adiada. “Nossa ideia é retomar essas tratativas porque a expedição é uma urgência da nossa região. Precisamos identificar quais são os problemas mais urgentes e isso deve ser feito por pesquisadores, por isso a participação das universidades é fundamental para que tenhamos conteúdo científico produzido”, explicou.
Reforçando o compromisso, o diretor da instituição, Tarcísio Fulgêncio, colocou a UPE à disposição do Comitê destacando o total interesse em participar da expedição. “No ano passado já participamos da comissão de organização e continuamos com total interesse em fazer essa ação acontecer, pois é muito necessária para conhecer o Rio São Francisco. Continuamos com esse compromisso e a universidade está à disposição do Comitê para isso”, afirmou.
Na ocasião, o coordenador da CCR foi informado ainda sobre a substituição do atual representante da Universidade no CBHSF que, devido a transferência para outra região de Pernambuco, será substituído pela professora Thais de Oliveira Guimarães para ocupar a representação na CCR.
Visita ao projeto Nilo Coelho
Na manhã do dia 02 de agosto, o coordenador da CCR foi recebido pelo gerente executivo do Distrito de Irrigação Nilo Coelho (DINC), Paulo Sales. O DINC é membro do CBHSF representando o setor de irrigação e uso agropecuário.
Inserido no polo de irrigação Petrolina (PE)/Juazeiro (BA), o projeto, um dos maiores do país, possui onze núcleos habitacionais além do projeto Maria Tereza, e tem uma população estimada em cerca de 80 mil habitantes. Com predominância da fruticultura, a área tem os cultivos das culturas da uva, manga, goiaba, acerola, entre outras.
Entre as preocupações e projeções destacadas pelo gerente executivo do DINC, ele citou a falta de avanços para lidar com os períodos de escassez na bacia do São Francisco. “Passamos por um período muito difícil em 2014 e 2015 devido à crise hídrica pela estiagem prolongada e sabemos que vamos enfrentar novos períodos de seca porque é característica da nossa região, e mesmo sabendo disso e com a última experiência da seca, acho que não estamos preparados para uma nova estiagem”, afirmou.
O coordenador da CCR destacou que ações para o enfrentamento à seca ainda são frágeis na Bacia do São Francisco e o Comitê vem promovendo e cobrando ações práticas para revitalização e proteção dos recursos hídricos. “O Comitê tem avançado em obras de segurança hídrica e sustentabilidade no semiárido, mas o recurso é insuficiente para a alta demanda que temos. Por isso, a presença dos estados e da União é fundamental nesse processo, onde temos cobrado frequentemente”, destacou.
Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
*Fotos: Juciana Cavalcante