Na última segunda-feira (14), o coordenador da Câmara Consultiva Regional do Baixo São Francisco, Anivaldo Miranda, se reuniu com representantes do Consórcio Público de Saneamento Básico do Baixo São Francisco (CONBASF) para tratar de um projeto que consiste em recolher o lixo de vários municípios do Baixo São Francisco. Dentre as ideias que estão inseridas no projeto há a reciclagem e a compostagem dos resíduos sólidos e orgânicos.

Segundo Anivaldo Miranda, eles buscam o apoio do Comitê para a compra de alguns equipamentos, adaptação de galpões, além de outras atividades que permitam essa ação de tratamento de resíduos sólidos. “A nova direção do consórcio nos procurou no sentido de recuperar a memória desse projeto e tentar agora, dentro de uma nova concepção, obter recursos do Comitê para sua execução. Recebi a visita dos novos representantes juntamente com o prefeito de Telha (SE) e resolvemos então que é chegada a hora de desarquivar o projeto e fazer uma nova tentativa, visto que ele não foi descartado e que os recursos que estavam destinados a ele como um projeto especial para o Baixo São Francisco ainda estão orçamentados no Comitê. A visita selou o início dessa nova etapa e a possível execução do projeto. Vamos atravessar algumas etapas para chegarmos a este objetivo. A primeira medida acertada é a apresentação, por parte do CONBASF, do projeto. Vamos aprovar o desarquivamento dele e o passo seguinte será o encontro entre os representantes do CONBASF e a diretoria técnica da Agência Peixe Vivo para se chegar a uma nova concepção que permita a aprovação técnica”, explicou.

Há quatro anos, o CBHSF recebeu uma demanda do CONBASF no sentido de desenvolver um projeto de coleta e reciclagem de lixo sólido, com o objetivo de prestar, dentre outros serviços, uma ação que diminuísse a incidência de resíduos nas águas do Baixo São Francisco, mediante a reciclagem dos resíduos sólidos e compostagem de resíduos orgânicos.

De acordo com a superintendente do CONBASF, Anne Grazielly, a reunião com o Comitê foi de iniciativa dessa nova gestão que viu a possibilidade de dar seguimento ao projeto. “Assim que assumimos a diretoria, em dezembro de 2021, soubemos do projeto que havia sido submetido ao Comitê, e foi aprovado há alguns anos, mas devido a determinadas circunstâncias administrativas infelizmente acabou sendo arquivado. A reunião foi basicamente para buscar essa reaproximação e alinhamento com o Comitê, pois temos o interesse de retomar as relações a fim de dar encaminhamento às novas etapas. Com o desarquivamento do projeto poderemos trabalhar juntos e desempenhar as demandas, até porque abrange ações referentes ao Comitê, já que está dentro na bacia hidrográfica da região. O projeto poderá proporcionar a gestão de resíduos de uma forma eficaz e vai colaborar com os municípios ribeirinhos, principalmente os que ficam próximos a Propriá (SE). O projeto trata de algumas centrais de reciclagem, unidade de transbordo e pátio de compostagem. Na época, quando o projeto foi submetido, a realidade era para três centrais: em Propriá (SE), em Neópolis (SE) e outra em Monte Alegre de Sergipe (SE), mas hoje vivenciamos outra situação. Buscaremos atualizar e readequar o projeto e nos comprometeremos a fazer o que foi sugerido pelo analista. Precisaremos apenas de um prazo para fazer o que for necessário para seguir nas próximas etapas”, finalizou.

Em relação à contrapartida para o Comitê e para o Rio São Francisco estão o melhoramento da qualidade das águas que, consequentemente, beneficiará os ribeirinhos com geração de renda, melhoria da qualidade dos córregos, riachos, rios e retirada de material plástico que traz muita poluição às águas, bem como permitir que o lixo orgânico possa se transformar em adubo. Isso trará benefícios do ponto de vista ambiental, educacional e social.

Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Deisy Nascimento
*Fotos: Deisy Nascimento