A empresa Cobrape apresentou, nesta quarta-feira (17 de fevereiro), no Núcleo de Meio Ambiente do Ministério Público de Sergipe, o Termo de Referência de projetos hidroambientais que devem ser financiados pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco no município sergipano de Canindé de São Francisco. De acordo com a proposta apresentada e aprovada na Câmara Consultiva Regional do Baixo São Francisco, serão realizados serviços como proteção de nascentes, construção de barraginhas, cercamentos e outros benefícios.
As ações desenvolvidas no município devem servir de modelo e ser replicadas em outras localidades. O secretário do CBHSF, Maciel Oliveira, representou o colegiado na solenidade. Ele comparou a proposta sergipana com o que vem sendo feito atualmente na bacia do rio Piauí, em Alagoas, único afluente perene do rio São Francisco no Estado. “Lá, estamos recuperando mais de 500 nascentes e vamos expandir para outra bacia, a do rio Perucaba”, anunciou Maciel.
A promotora Allana Soares Costa explicou que o município de Canindé foi apontado como um município viável para a realização dos trabalhos devido a sua estrutura de funcionamento e parceria mantida desde quando o MP começou o planejamento para remunerar os produtores de água. São classificados assim todos aqueles proprietários de terras nas quais constem nascentes e que se empenham em preservá-las. “Canindé sempre foi parceiro. É um município que, mesmo que haja adversidades, como mudança de prefeito ou de secretários, o quadro funcional de servidores concursados é grande, o que nos dá mais tranquilidade para a continuidade dos trabalhos”, justificou ela.
Durante a apresentação, o engenheiro agrônomo da Cobrape, Marcelo Martins Pinto, solicitou a inclusão do projeto de recuperação do rio Curituba, cuja extensão é de cerca de 2,3 quilômetros. A proposta será ainda analisada pelo Comitê e sua agência delegatária, a AGB Peixe Vivo. No final do encontro, o ex-secretário de Meio Ambiente de Canindé, Heráclito Azevedo, anunciou que o município já dispõe de recursos suficientes para pagar aos 23 hectares dos produtores de água pelos próximos quatro anos, inseridos na primeira etapa do projeto.
Ascom – Assessoria de Comunicação do CBHSF