O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco completou a entrega de 28 projetos de recuperação hidroambiental concluídos em todas as regiões da bacia do Velho Chico. Os projetos são financiados com recursos oriundos da cobrança pelo uso das águas são-franciscanas. A iniciativa do Comitê tem contado com a aprovação das comunidades beneficiadas, que agora são convocadas a preservar ao máximo as obras realizadas.
Uma das últimas intervenções ocorreu na cidade baiana de Santa Maria da Vitória, no Médio São Francisco. As obras ocorreram na bacia do riacho Brejão e beneficiou as localidades de Brejão, Brejo do Espírito Santo, Água Quente e Pedra Branca. Houve um investimento de R$ 500 mil para proteção de mais de oito quilômetros de Áreas de Proteção Permanente – APPs, construção de 51 bacias de captação de água pluviais (barraginhas), 97 lombadas, 30 paliçadas de madeira e 92 metros de muro de contenção.
Cláudio Pereira, coordenador da Câmara Consultiva Regional do Médio São Francisco, instância do CBHSF, destacou a relação entre o comitê e a comunidade como fundamental para garantir o êxito dos trabalhos. “Houve muita expectativa em torno dessas obras, até porque elas foram pioneiras na região. A receptividade dos moradores foi muito boa e já há solicitação para uma segunda etapa”, ressaltou o coordenador.
Outro que aponta como positiva a colaboração entre todos na execução dessas intervenções é Vicente Resende, prefeito do município mineiro de Três Marias, também beneficiado com ações do CBHSF. “A obra não teria o sucesso que teve se não fosse a colaboração e aceitação de todos os moradores”, reconheceu. Os trabalhos de recuperação hidroambiental em Três Marias, e na vizinha Felixlândia, aconteceram na bacia do rio Ribeirão Extrema Grande, afluente da represa de Três Marias, que é contribuinte do Velho Chico.
Essas intervenções nas duas cidades do Alto São Francisco envolveram financiamento de quase R$ 700 mil e consistiram em mais de 14 mil metros de cercamento para proteger nascentes e mata ciliar, mais de 17 mil metros de estradas rurais adequadas e aproximadamente 160 bacias de captação de água da chuva (barraginhas) para contenção de sedimentos e da velocidade das águas.
As próximas obras a serem executadas beneficiarão comunidades ribeirinhas em Uruana de Minas e Lagoa da Prata, em Minas Gerais; Ibipeba, Morro do Chapéu e Rio das Rãs, comunidade quilombola de Bom Jesus da Lapa, na Bahia; em Junqueiro, em Alagoas, e na Área de Proteção Ambiental (APA) da Foz do rio São Francisco, na divisa entre os estados de Sergipe e Alagoas. Além disso, O CBHSF já iniciou um diagnóstico de nascentes nas porções Média e Baixa do rio Piauí, que envolve diversos municípios alagoanos do Baixo São Francisco.
*Esta matéria foi veiculada no Jornal Notícias do São Francisco nº 33. Para ler o jornal completo, acesse.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF