A cidade de Barreiras sediou, nos dias 17 e 18 de julho, um encontro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco – CBHSF. Reunidos no antigo Colégio Antonio Vieira, sede do Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável da UFBA, representantes regionais cumpriram uma variada pauta de discussão, que abrangeu desde a gestão dos recursos hídricos até as estratégias de comunicação para a divulgação de assuntos de interesse da bacia.
O evento foi coordenado pela presidente do CBHSF, Edite Lopes de Souza e pelo coordenador da Câmara Consultiva Regional – CCR do Médio São Francisco, Cláudio Pereira da Silva, contando ainda com representantes dos três segmentos que compõem o colegiado: poder público, sociedade civil e usuários das águas do rio, a exemplo dos empreendimentos irrigados do Oeste da Bahia.
O primeiro dia da programação foi dedicado à apresentação do programa de comunicação do CBHSF, que está sendo implementado com a contribuição das câmaras regionais. A oficina participativa de comunicação foi a quarta promovida pelo colegiado. Em Barreiras, os trabalhos contaram com a participação de comunicadores regionais e integrantes do comitê de um dos mais importantes afluentes do São Francisco, o rio Grande, que banha Barreiras.
No segundo dia a CCR do Médio discutiu, entre outros assuntos, os projetos de recuperação hidroambiental que o Comitê começa a implementar em localidades do Alto, Médio, SubMédio e Baixo São Francisco, com os recursos provenientes da cobrança pelo uso das águas do rio. No Médio um projeto para o município de Cocos se encontra em fase de licitação e outros dois já estão programados para Bom Jesus da Lapa e Correntina.
Em Cocos as intervenções acontecerão na sub-bacia do rio Itaguari, afluente do rio Carinhanha, com vistas a proteger as nascentes e veredas dos riachos Camaçari, Santo Antonio e Riachão. Para conter a erosão e o assoreamento serão realizadas obras de adequação de trechos de estradas, como a construção de lombadas e bacias de contenção de águas pluviais, as denominadas “barraginhas”, além da estabilização de voçorocas. Também serão desenvolvidas atividades de educação para as águas junto aos moradores locais.