Um passeio pelo Vale do Catimbau, em Pernambuco, e pelos arredores de Piranhas, em Alagoas, as duas paisagens que compõem a fotografia de “Mar do Sertão”.
O Vale do Catimbau
Difícil descrever tão vasta beleza, uma imensidão ladeada por paredões de pedra. Localizado entre os municípios de Buíque, Ibimirim e Tupanatinga, no estado de Pernambuco, o Parque Nacional do Catimbau é o segundo principal sítio arqueológico do país, depois da Serra da Capivara, no Piauí. Além das grutas e pinturas rupestres de seis mil anos, guarda ainda os últimos resquícios da Caatinga, o bioma 100% brasileiro, que se encontra hoje ameaçado de extinção.
Entre as milenares rochas areníticas da região, o atrativo mais famoso do parque é a Pedra da Igrejinha, mais conhecida como Pedra Furada, uma formação natural esculpida pela chuva e pelo vento. Para quem gosta de caminhar, destacam-se três trilhas, cada uma delas com suas especificidades e dificuldade: Torres, Alcobaça e Chapadão.
Com 2,5 quilômetros de extensão, a Trilha do Chapadão é imperdível para apreciar o pôr do sol. Sem dúvida, o mais bonito entardecer do vale. Já a Trilha das Torres, uma caminhada de dois quilômetros, impressiona pelos lapiás, como são chamadas as coloridas camadas sedimentares do trajeto. Por fim, a Trilha Alcobaça leva os visitantes até o maior sítio arqueológico do Catimbau, uma sequência de 50 metros de pinturas entremeadas por imponentes cactos.
Piranhas
A 300 quilômetros de Maceió, Piranhas se transformou em Canta Pedra, a cidade fictícia de Mar do Sertão. Sua maior atração, além da imensidão do Velho Chico, é o centro histórico, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O conjunto arquitetônico abriga cerca de mil casas coloniais coloridas, que, certamente, parecem coisa de novela. Não deixe de visitar a Igreja Nossa Senhora da Saúde, a Igreja de Santo Antônio de Lisboa e o Museu do Sertão.
De Piranhas, também partem os catamarãs rumo aos Cânions do São Francisco, os corredores de água entre paredões rochosos que surgiram após a construção da Hidrelétrica de Xingó. Um dos mais belos passeios deste conjunto de atrações é o Vale dos Mestres, a 41 quilômetros da cidade.
Para quem quiser conhecer a história do cangaço, a dica é visitar a Grota dos Angicos. Nela foram mortos os cangaceiros Lampião e Maria Bonita, em 1938. O local segue repleto do espírito do sertanejo. Ao voltar para a cidade, nada como assistir o pôr do sol do Mirante Secular, onde o Velho Chico enche a vista.
Assessoria de Comunicação CBHSF:
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Texto: Karla Monteiro