O coordenador da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco, Cláudio Ademar, e o membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e da Câmara Técnica de Comunidades Tradicionais, Wilson Simonal, participaram, na última quarta-feira (23), de uma audiência pública promovida pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e pela empresa Ventos de São Pascoal Energias Renováveis, sobre a instalação do Complexo Eólico Paulo Afonso Sul.
O evento aconteceu no distrito de Várzea da Ema, no município de Chorrochó-BA, e reuniu comunidades vizinhas para a apresentação dos resultados do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do complexo que deve abranger também territórios das cidades baianas de Rodelas, Canudos e Macururé.
O coordenador da CCR Submédio disse que o evento contou com presença das comunidades envolvidas sendo importante a abertura do espaço para que todos pudessem tirar suas dúvidas. “Foi aberta ao público a oportunidade de tirar suas dúvidas em relação ao projeto que ainda está na fase inicial de estudo e foi um momento interessante para as primeiras discussões considerando que ainda serão propostos outros momentos como este”, afirmou o coordenador, que destacou seus principais apontamentos durante a reunião. “Apresentei um pouco das ações do Comitê do São Francisco e aproveitei para questionar sobre o posicionamento da empresa e do Inema, levando em conta as condicionantes de licença ambiental, sobre a visão dos órgãos em relação às áreas desertificadas e como eles poderiam e se teriam disposição para conversar sobre o Programa Produtor de Água. Acredito que eles poderiam fazer investimentos nesse programa na região do Submédio São Francisco. É claro que isso não isenta, evidentemente, nenhuma responsabilidade ambiental e hídrica que a empresa deve aos órgãos de fiscalização, mas, também não é um impeditivo de que a empresa não possa participar. Então, deixamos claro nosso posicionamento considerando que o projeto está sendo implantado em uma área desertificada e deve, então, haver contrapartidas da empresa. Questionei como o Inema e a empresa podem conversar entre si e apresentar uma proposta de recuperação, de investimento nessas áreas degradadas e o Programa Produtor de Água pode ser utilizado como uma ferramenta de combate à desertificação”.
Representando o Inema, Lolita Garrido explicou o que cada documento apresentado significa. “O EIA é uma avaliação técnica que analisa os impactos de um empreendimento no meio ambiente, incluindo flora, fauna, recursos hídricos e solo. Por sua vez, o RIMA é uma versão simplificada voltada ao público, que apresenta os principais resultados do estudo, permitindo que a comunidade compreenda os efeitos do projeto e as medidas propostas para mitigar os impactos negativos.
Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
*Fotos: Ascom Inema/ Cláudio Ademar