A Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco entregou ao município de Chorrochó, na Bahia, o resultado do levantamento para estudos de concepção, projetos básico e executivo para a implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) contemplando os povoados de Várzea da Ema, São José e Caraíbas.

Financiado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, a cidade foi uma das quatro beneficiadas na bacia do São Francisco para a elaboração do estudo que vai subsidiar posteriormente a execução das obras, também financiadas pelo CBHSF. Em Chorrochó, as visitas de campo começaram em julho do ano passado, nos três povoados, a partir do povoado São José, e foram comandadas pelas equipes de engenharia da empresa SEEO Engenharia e Consultoria LTDA, contratada pelo Comitê através da Agência Peixe Vivo. Segundo o diagnóstico do Plano Municipal de Saneamento Básico de Chorrochó, subsidiado pelo CBHSF e entregue em 2018, entre as principais deficiências e carências identificadas no município foram identificados o lançamento de esgoto a céu aberto nas áreas urbana e rural. Atualmente o tratamento do esgoto é feito de modo individual, por meio de fossas rudimentares.

A cidade de Chorrochó foi selecionada pelo CBHSF através do Procedimento de Manifestação de Interesse CBHSF Nº 03/2021, lançado em fevereiro de 2021, atendendo a Resolução DIREC/CBHSF Nº 118/2021, que busca alcançar a Meta II.6, prevendo, até 2023, suprir 76% dos domicílios totais com esgotamento sanitário e atender 95% dos domicílios urbanos com coleta de lixo, através de estudos e projetos para implantação, ampliação e melhoria de sistemas de esgotamento sanitário, destinação adequada de resíduos sólidos e drenagem urbana, de acordo com o Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (PRH-SF, 2016-2025). A partir do entendimento entre o CBHSF, a Agência Peixe Vivo e a prefeitura de Chorrochó, foram validadas as demandas preliminares, propondo a elaboração de projetos para adequação das redes de coleta e condução de esgotos e o seu adequado tratamento, eliminando o lançamento nos corpos d’água, como forma de assegurar um ganho na saúde e melhoria da qualidade de vida da população.

Acompanhado de uma parte dos vereadores do município, o prefeito de Chorrochó, Humberto Gomes, recebeu da CCR o estudo e destacou o empenho da cidade em participar dos editais do Comitê, buscando recursos para obras que já estão mudando a realidade da população. “Desde quando construímos a agenda de debate em Chorrochó, o município está sempre atento aos editais do Comitê. Assim, fomos contemplados mais uma vez e isso é de uma importância enorme. Agradecemos ao Comitê da Bacia do São Francisco que sempre nos acolheu. Sou um defensor do rio São Francisco e a gente entende que cada um real investido em saneamento, é um real economizado em saúde. O resultado dessa parceria com o Comitê é que ao longo desse tempo já avançamos para o saneamento de 80% da sede, contribuindo com o rio que recebe água tratada. Agradecemos a Deus por esse momento, pois mesmo sendo um município pequeno, mas dedicado, participativo e atento, conseguimos esse diálogo com o CBHSF”, afirmou.

O CBHSF investiu cerca de R$ 300 mil para conclusão do estudo com recursos oriundos da cobrança pelo uso da água bruta da bacia do São Francisco. “Esse é mais um investimento importante que o Comitê está fazendo no sentido de avançar em ações efetivas para que os municípios consigam tratar adequadamente seus esgotos antes de despejá-los no rio São Francisco. Chorrochó está de parabéns porque mostra que está efetivamente preocupada e empenhada em resolver esse problema”, concluiu o coordenador da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco, Cláudio Ademar.

A equipe técnica da SEEO realizou o diagnóstico que resultou na elaboração do Relatório Técnico Preliminar, Estudo de Concepção e Viabilidade do Sistema de Esgotamento Sanitário do município, Projeto Básico, Estudos Ambientais e Diretrizes para Regularizações Pertinentes, Projeto Executivo em conformidade com o Manual de Orientações Técnicas para elaboração e apresentação de Projetos de Esgotamento Sanitário da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e as normas da ABNT, além de orçamento final e detalhado da obra. O estudo prevê um horizonte de 20 anos.

Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto e Fotos: Juciana Cavalcante