Na tarde desta terça-feira (30) o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) realizou, no auditório do hotel Intercity, uma reunião para discussão das providências tomadas pós-incidente em um dos reservatórios do projeto contratação de empresa de engenharia para execução de obras e serviços necessários para a implantação de um sistema de captação, adução e reservação de água bruta, no município de Piaçabuçu (AL).
Estiveram presentes na reunião o coordenador da Câmara Consultiva Regional do Baixo São Francisco, do CBHSF, Anivaldo Miranda, além de representantes da Companhia de Saneamento de Alagoas (CASAL), da Agência Peixe Vivo (APV), Prefeitura de Piaçabuçu e sociedade civil. Anivaldo Miranda fez a abertura e realizou um breve balanço a respeito do motivo que levou à construção dos tanques pulmão. Segundo ele, “a implantação dos tanques, assim como de outros projetos, é fruto da cobrança pelo uso da água. A intenção foi levar um projeto bem planejado, preparado e útil, dentro de uma gestão séria, que tem o intuito de ajudar as comunidades nas regiões onde há a necessidade de água com melhor qualidade”, disse.
Miranda acrescentou que, infelizmente, ocorreu o incidente no mês de março, mas a situação foi rapidamente contornada e o Comitê, a Agência Peixe Vivo, a CASAL e a Target Engenharia Civil e Elétrica logo tomaram as devidas providências. “A ideia da CCR, por exemplo, é acompanhar todos os acontecimentos, e embora o Comitê tenha cumprido o seu papel, somos coerentes em relação à política participativa, transparente e estamos juntos em busca de soluções. Iremos estabelecer o estado de tudo que foi feito até o momento e do que ainda faltam de providências, para que tenhamos um diagnóstico absolutamente claro do que aconteceu para poder construir então as saídas, a fim de assegurar que nós iremos dar a solução ideal para todos”, explicou.
No decorrer da reunião, Anivaldo Miranda contou ainda que o objetivo é verificar como estão sendo encaminhadas as próximas ações para, futuramente, realizar uma audiência pública em Piaçabuçu que terá a finalidade de prestar contas à população, mas para isso é preciso estar com soluções amadurecidas.
O coordenador técnico da Agência Peixe Vivo, Thiago Lana, está acompanhando detalhadamente todos os acontecimentos desde o princípio e mostrou aos presentes os passos dados até agora através de um fluxograma do sistema proposto, bem como todo o fato que aconteceu. Foram apresentados também os relatórios sobre o rompimento de um dos reservatórios e as medidas colocadas em prática para a solução do caso, até as providências tomadas até agora. “Recebemos o laudo da Carbofibras que indicou as prováveis causas do acidente e iremos contratar uma perícia independente para verificar essas causas com a maior celeridade possível. A partir disso, com o resultado do laudo, tomaremos as medidas necessárias, como é o caso da audiência pública. Mas é importante reforçar que o reservatório foi reparado, os demais foram reforçados e eles estão operando sem nenhum prejuízo para o abastecimento da cidade de Piaçabuçu. Independentemente do resultado do laudo, isso não impacta no abastecimento”, pontuou.
Lana esclarece que o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco é responsável pelo abastecimento de água bruta, “portanto é bom deixar claro a não vinculação ao abastecimento da água tratada que é de responsabilidade da Águas do Sertão”, enfatiza.
Anivaldo Miranda reforçou que a perícia independente é fundamental, assim como a audiência pública para que a população local esteja por dentro de todos os trâmites e sinta-se mais segura. “Podemos, via prefeitura, tranquilizar a população de que estamos trabalhando e está tudo funcionando, as indenizações foram pagas e agora iremos a outras etapas”, finalizou.
Agora é aguardar que a CASAL também dê os devidos encaminhamentos em relação ao abastecimento de água na cidade de Piaçabuçu.
Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Deisy Nascimento
*Fotos: Deisy Nascimento