CBHSF realiza visita técnica em Jeremoabo-BA, cidade que vai sediar o Campus Universitário Intercultural para os Povos e Comunidades Tradicionais e Camponesas

05/12/2023 - 15:05

Cada vez mais próximo de se tornar realidade, o Campus Universitário Intercultural para os Povos e Comunidades Tradicionais e Camponesas (Campus de Jeremoabo – OPARÁ UNEB) que funcionará na estrutura cedida pelo município de Jeremoabo- BA, recebeu esta semana a coordenação da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco e as equipes técnicas da Agência Peixe Vivo e da Universidade do Estado Bahia, além de professores e coordenadores do Centro de Pesquisas em Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação (Opará) – Órgão Suplementar da Universidade do Estado da Bahia.


O encontro cumpriu a fase de visita de campo no Centro Territorial de Educação Profissional – CETEP Semiárido Nordeste II, para reconhecimento do local que deve passar por reforma e construção de novos módulos de ensino. De acordo com o Gerente de Projetos da APV, Thiago Campos, essa fase faz parte da elaboração do estudo técnico preliminar que está em finalização. “Saímos muito satisfeitos com o que vimos na visita de campo, agora devemos finalizar o estudo técnico preliminar que vai subsidiar a licitação para reforma e construção. Quanto mais informações tivermos, mais rápida será a conclusão dessa fase. Além disso, em breve um acordo de cooperação técnica deve ser assinado entre o CBHSF, a Agência Peixe Vivo e a UNEB”, afirmou.

A ação já faz parte do Programa de Educação Ambiental da Bacia do São Francisco, que será colocado sob aprovação do plenário na próxima semana. “Estamos avançando para a finalização do projeto executivo e a ideia é que nos primeiros meses de 2024 a licitação para contratação de empresa para realizar a obra seja iniciada”, acrescentou o coordenador da CCR, Cláudio Ademar.

A professora e coordenadora do Opará, Floriza Sena, lembra a relação de troca de cuidado entre os povos ribeirinhos e bacia do São Francisco que norteia também a parceria entre a UNEB e o CBHSF. “A reunião que ocorreu ontem foi mais um passo no fortalecimento de um projeto que já nasce com grandes perspectivas. A presença da Agência Peixe Vivo, através dos engenheiros Tiago Lana e Tiago Campos, também gerente de Projetos, e do coordenador da Câmara Consultiva do Comitê da Bacia do Submédio São Francisco, Cláudio Ademar, foi bastante animadora e mostra o quanto a Agência e o CBHSF apostam nestes princípios”, afirmou.

A professora disse ainda que a UNEB recebeu na última segunda-feira (27) a escritura do imóvel e agradeceu a parceria com o CBHSF. “Agradecemos muito ao presidente do Comitê, Maciel Oliveira, aos coordenadores das Câmaras Consultivas que também nos apoiaram e especialmente ao coordenador do Submédio, Cláudio Ademar, que apoiou e orientou em todo processo. Nos comprometemos como OPARÁ-UNEB a manter o propósito do novo Campus Universitário Intercultural para os Povos e Comunidades Tradicionais e Camponesas, a desenvolver projetos de extensão e pesquisas na perspectiva das resiliências climáticas a fim de proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres e aquáticos do Rio São Francisco e seus afluentes, deter e reverter a degradação dos solos, principalmente das áreas susceptíveis à desertificação e desenvolver projetos de educação ambiental visando a conscientização para a gestão sustentável dos recursos hídricos”, concluiu.



O Centro de Pesquisas em Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação (Opará), é um Órgão Suplementar da Universidade do Estado da Bahia, sediado no Departamento de Educação Campus VIII, em Paulo Afonso. A meta, com a nova estrutura, é atender as comunidades tradicionais das regiões norte, nordeste e oeste da Bahia. Com mais de 500 estudantes, entre a licenciatura Intercultural em Educação Escolar Indígena (LICEEI e Pedagogia Indígena), especialização e mestrado nas áreas afins, o Opará tem a previsão de abertura de pelo menos mais 100 vagas.

Com mais de 80 pesquisadores envolvidos, o Centro, que também funciona com núcleos nos Campi de Euclides da Cunha e Juazeiro, deverá se tornar um campus universitário avançado, desenvolvendo atividades de pesquisa, extensão e ensino superior na modalidade de pedagogia da alternância junto aos povos indígenas, camponeses, povos e comunidades tradicionais nos territórios que compõem o Submédio São Francisco.

Contrapartida

Em contrapartida, o Opará deve também abrir espaço para servir como centro de formação, cedendo sua estrutura para as capacitações realizadas pelo Comitê. “Com isso, o Comitê deve reduzir custos com aluguel de espaço e contratação de equipes técnicas. A ideia é que também possamos aproveitar essa nova estrutura e os especialistas da UNEB para aplicar as capacitações”, revelou Thiago Campos.

A expectativa é que o espaço possa ser utilizado para as capacitações do CBHSF já entre 2025 e 2026.


Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
*Foto: APV