Os estudantes da cidade baiana de Abaré participaram, durante a manhã desta terça-feira (26), do projeto Vivências do Rio São Francisco, realizado pela Prefeitura através da Secretaria de Educação. A ação, que contou com a parceria do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), aconteceu pela primeira vez com o objetivo de promover nas unidades escolares ações interdisciplinares que favoreçam o protagonismo dos alunos e maior conhecimento sobre o rio São Francisco.
Durante a manhã foram realizadas apresentações culturais, palestras, além da apresentação de rituais indígenas. A meta é que, segundo o secretário de educação do município, Ailton Barbosa, nos próximos anos a ação de educação ambiental seja ampliada atendendo todos os anos escolares e escolas da cidade. “O projeto, que nasce dentro da escola, tem a parceria da escola municipal Professor Walter Augusto Jones e do Comitê de Bacia com a meta de integrar a programação do calendário escolar nos próximos anos. O objetivo é gerar nos estudantes o sentimento de pertencimento e conscientização sobre o rio São Francisco, que é nossa maior riqueza. O município de Abaré se constrói através do rio, por isso é importante fazer com que os nossos jovens entendam, desde já, a sua importância”, afirmou.
Utilizando o mesmo tema escolhido para a nona edição da campanha Eu Viro Carranca para Defender o Velho Chico deste ano, ‘O Velho Chico são muitos’, a ação proporcionou aos estudantes a oportunidade de falar suas próprias percepções, através de apresentações musicais, e de cordel sobre impactos ambientais no São Francisco.
O coordenador da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco, Cláudio Ademar, realizou palestra sobre as ações do Comitê e sobre a importância do Rio São Francisco para os 505 municípios dos seis estados, além do Distrito Federal, banhados por suas águas. “Abaré mostra a importância que dá ao São Francisco, a gente vê brilho nos olhos da população ao se falar do rio e é esse amor que nós todos, como ribeirinhos e dependentes diretos de suas águas, temos que alimentar, porque amar sem proteger, sem agir, não gera resultados”, pontuou o coordenador.
Além de participar das atividades de educação ambiental, o coordenador da CCR Submédio encerrou sua agenda na cidade de Abaré concedendo entrevista na rádio FM Sertaneja onde lembrou que a campanha Eu Viro Carranca para Defender o Velho Chico é realizada todos os anos em cidades diferentes com o objetivo de envolver as populações da bacia no trabalho de conscientização e preservação.
Abaré
Com uma população estimada em cerca de 20 mil habitantes, Abaré, região primitivamente habitada por indígenas, tem a origem de seu nome na língua tupi antiga, significando “padre”, nome que os indígenas davam ao rio que formava o vale onde se acha a cidade.
Assessoria de Comunicação do CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Juciana Cavalcante
*Fotos: Cláudio Ademar