A Prefeitura de Jacobina, no centro-norte baiano, terá que investir pelo menos R$ 740 milhões nos próximos 20 anos para que a cidade tenha um serviço de saneamento básico de ponta. A informação é da empresa Gerentec, contratada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco para elaborar os estudos do Plano de Saneamento Básico do município, em fase de finalização. Pelo menos outras três cidades da região deverão garantir ações e projetos nesta linha de investimentos. São elas: Mirangaba, Barra do Mendes e Miguel Calmon.
Na última semana (12 a 15.04), os técnicos visitaram as localidades para apresentarem e ouvirem das populações melhorias aos programas, projetos e ações previstos a curto, médio e longo prazos nas áreas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais e resíduos sólidos, além do desenvolvimento institucional. “Inicialmente, são recursos que assustam as prefeituras, porque elas não contam com esses valores em caixa. Saneamento não é um problema apenas desses municípios, mas sim do País. O Plano irá clarear onde se deve investir prioritariamente”, explica o coordenador geral do projeto, Antônio Eduardo Giansante.
O membro do CBHSF, Almacks Luiz, que representou a entidade nas discussões, sugere que compensações ambientais sejam pagas as esses municípios pelas empresas de grande porte que atuam e “exploram a água da região”, disse. Ele lembrou ainda que a cada quatro anos caberá às Prefeituras revisar o documento. “Assim que estiver pronto, esse plano deverá virar lei municipal”, informa.
Prevendo novos investimentos em Jacobina, o secretário de Meio Ambiente, Ivan Aquino, revela que o estudo garantirá à cidade um aumento turístico e um melhor momento econômico. “Hoje, quando uma empresa vem visitar Jacobina, a primeira coisa que perguntam é se o município tem plano de saneamento. Em breve, poderei dizer que sim”, diz.
O Comitê do São Francisco se tornou a entidade que mais investe para a criação de planos de saneamento básico de municípios ribeirinhos. Até agora, são 25 PSBM’s distribuídos pelos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, em investimentos que já ultrapassam R$ 5 milhões, oriundos da cobrança pelo uso das águas do rio. A intenção é aplicar outros R$ 8 milhões na elaboração de novos planos, melhorando a qualidade de vida da população e ampliando a preservação dos recursos hídricos através de ações que evitam o lançamento de esgotos e outros efluentes sem tratamento nas águas do rio.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF