A cidade de Belo Horizonte (MG) sediou na última quarta-feira (06.08) a segunda e penúltima rodada da série de oficinas participativas que visam estudar para os próximos anos possíveis modelos e cenários ambientais, sociais e econômicos da bacia do São Francisco. A reunião aconteceu no escritório da agência de águas do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, AGB Peixe Vivo, localizado na capital mineira. Na segunda-feira (04.08), a cidade do Recife (PE) havia recebido os pesquisadores.
O estudo, denominado Innovate, faz parte do calendário de atividades do projeto interdisciplinar de cooperação científica entre universidades e instituições técnicas do Brasil e da Alemanha, que ocorre desde 2012, principalmente na região da Usina Hidrelétrica de Itaparica, localizada na parte pernambucana da bacia. O objeto central de estudo é entender as relações entre as mudanças climáticas e as formas de uso da terra e da água na bacia do São Francisco.
“Dividimos o projeto global em sete subprojetos (SP) de diferentes focos temáticos. Cada SP é coordenado por um professor brasileiro e um professor alemão”, disse a engenheira agrônoma alemã Marianna Siegmund-Schultze, uma das responsáveis pelo projeto. A iniciativa é financiada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação de ambos os países.
De acordo com a agrônoma, as oficinas estão acontecendo especialmente no sentido de cooperar com o avanço da pesquisa em uma dessas subáreas. “O diálogo com importantes atores é fundamental para a identificação desses cenários futuros. Ouvir suas opiniões e sugestões ajudará significativamente na avaliação das formas de governança e, também, na geração de ferramenta de apoio à decisão desses atores do São Francisco”, completou ela, que recebeu nas duas primeiras reuniões representantes do CBHSF, AGB Peixe Vivo, Embrapa, Cemig, Inema, Chesf, entre outros.
Na oficina de Belo Horizonte (MG) estiveram representando o CBHSF o vice-presidente e o coordenador da Câmara Consultiva Regional (CCR) do Alto São Francisco, respectivamente Wagner Soares Costa e Márcio Tadeu Pedrosa.
Além da busca de alternativas sustentáveis para o desenvolvimento regional do Velho Chico, o projeto anseia por formar jovens pesquisadores tanto do Brasil quanto da Alemanha. “Ao todo, já temos 100 acadêmicos – metade formada por brasileiros e a outra parte composta por alemães – envolvidos diretamente no estudo. Eles orientam mestrandos e doutorandos de instituições de ambos os países para que possam dar continuidade ao projeto”, revelou Marianna Siegmund-Schultze. Entre as instituições ligadas ao projeto estão a Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, representando a parte brasileira, e a Universidade de Berlim, representando a Alemanha.
Previsto inicialmente para acontecer até 2016, o estudo passará por uma avaliação no mês de outubro para saber se haverá continuidade ou não. “Estamos confiantes. Esperamos termina-lo e que num futuro muito próximo alguma instituição brasileira possa dar seguimento ao trabalho”, concluiu Marianna Siegmund-Schultze. Amanhã (08.07) é a vez de Petrolina (PE) sediar a oficina.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF