Avaliação das Águas da Bacia do Paraopeba frente aos empreendimentos do setor Minero-Industrial é apresentada

05/12/2019 - 16:55

No início da tarde, a consultora e sócia-administradora da IB Consultoria – Consultoria em Meio Ambiente e Gestão Ambiental de recursos hídricos, resíduos e monitoramento ambiental, Irany Braga, que atuou no setor de mineração durante 36 anos, e é formada pela Graduate School of Business – Universidade da Cidade do Cabo, apresentou a avaliação das águas da bacia do Paraopeba frente aos empreendimentos do setor Minero-Industrial no período de 1997 a 2018 e pós-rompimento da Barragem B1 – Mina – Córrego do Feijão. Existem atualmente 5762 empreendimentos Minero-Industriais na Bacia, sendo 258 de mineração e 5504 dos demais setores da indústria.

De acordo com Irany, para o Índice de Qualidade das Águas (IQA), nove parâmetros foram classificados como mais representativos de acordo com a caracterização da qualidade das águas estabelecidos pelo Programa de Água de Minas, dentre eles: oxigênio dissolvido, coliformes termotolerantes, pH, demanda bioquímica de oxigênio, nitrato, fosfato total, variação da temperaturada água, turbidez e sólidos totais. “Observa-se que, antes do rompimento da Barragem da Mina do Feijão, ou seja, no período de 2000 a 2018, em toda a extensão da calha do rio Paraopeba, foi vista a presença acima do que é preconizado pela legislação, dos parâmetros de ferro, manganês e alumínio causado muito provavelmente por carreamento de solo com background desses elementos e que estas variações ocorrem no período da chuva”, disse.


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A consultora complementou que o chumbo é o único parâmetro dos chamados “contaminantes tóxicos” que apresenta violações ao limite legal em 10 a 16% dos dados disponíveis. “Já após o rompimento, o cobre foi observado somente em Pompéu (MG) na campanha de março a abril, não havendo indícios nos pontos a montante mesmo nos dias subsequentes ao rompimento. Cadmio e mercúrio apresentam teores somente nas campanhas imediatamente após o rompimento, não sendo mais observados nas campanhas subsequentes até a data avaliada. Nos demais parâmetros não foram observadas anomalias após o rompimento”, explicou.

Segundo Deivid Oliveira, analista ambiental da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), o estudo realizado tem como objetivo a melhoria contínua no tratamento de efluentes do setor Minero-Industrial. “O próximo passo é promover um programa de capacitação para tratamento de efluentes visando melhoria no processo produtivo, com o intuito de reduzir ou substituir insumos de modo a buscar a diminuição do lançamento de contaminantes nos corpos hídricos da bacia. Desta forma, objetiva-se elaborar um plano de ação junto às indústrias para promover a melhoria no índice de qualidade da água do rio Paraobeba”, finalizou.

 

Assessoria de Comunicação CBHSF:
TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social
*Texto: Deisy Nascimento
*Fotos: Allan Rodrigo