Durante audiência pública realizada na cidade de Abaré, interior da Bahia, na noite de quarta-feira (24/01), o diagnóstico atual dos serviços de saneamento básico foi apresentado à população e mostrou as necessidades do município para elaboração do plano de saneamento básico. O trabalho, realizado pela empresa Envex Engenharia, contratada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, é responsável por cumprir seis etapas da elaboração do PMSB e entregar ao município para execução.
Como forma de garantir a proteção ao rio, o CBHSF entende como um dos passos importantes a destinação adequada e tratada dos esgotos e dejetos. Assim, evita-se a contaminação das águas. Além disso, o planejamento também garante ações viáveis e estruturantes para o abastecimento de água em quantidade e qualidade, limpeza urbana e drenagem das águas pluviais. O plano deve atender à perspectiva dos próximos 20 anos, com revisão a cada 4 anos.
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“Agradecemos ao Comitê por esse apoio, pois o município não tem condições de arcar com os custos da elaboração do plano de saneamento que é de grande importância para conseguirmos avançar juntos”, afirmou o secretário de Meio Ambiente do município, Marcelo Santos.
De acordo com o diagnóstico, a população, diferentemente de uma boa parte dos municípios no entorno, não apresenta grandes problemas com o abastecimento humano. Mais de 70% da comunidade é abastecida por rede, o restante conta com água oriunda de poços e cisternas. Embora o abastecimento humano se apresente como satisfatório, o levantamento aponta a necessidade de avançar nas questões referentes a destinação adequada do lixo que ainda é descartado em lixões a céu aberto, além de precisar implantar a coleta seletiva e coleta na área rural.
O esgotamento sanitário também foi um dos pontos discutidos pela comunidade. Embora haja a coleta e tratamento do esgoto, os moradores presentes na audiência solicitaram celeridade no processo de identificação de córregos que caem in natura no Rio São Francisco. “É uma preocupação nossa o ponto de captação de água para o abastecimento humano, porque o local onde é feita a captação é exatamente o mesmo onde cai esgoto sem qualquer tipo de tratamento”, explicou a dona de casa Maria de Fátima Rodrigues.
Participando da audiência representando o CBHSF, o secretário da Câmara Consultiva Regional do SubMédio São Francisco, Almacks Luiz, reforçou a importância da participação da população para a construção do plano. “As audiências públicas servem para a contribuição popular. É o espaço de dar voz às pessoas e levar para o plano o anseio da comunidade”, concluiu.
Por Juciana Cavalcante