Merece comemoração a notícia de que as águas do rio São Francisco, no trecho entre Três Marias e Pirapora, não mais apresentam índices elevados de metais pesados, conforme constatado por pesquisadores ligados à “Expedição Amigos das Águas” que percorreram o trecho de 170 quilômetros no mês passado, por três dias. O laudo divulgado recentemente pelo Hoje em Dia afirma que o teor de cromo no rio Abaeté – um afluente muito poluído, pois em sua bacia existe intensa atividade de garimpo –, baixou para 0,001 miligrama por litro de água. A Agência Nacional de Águas (ANA) considera aceitável até 0,05. No caso do zinco, o aceitável é 0,18 e o encontrado foi de 0,04.
Se os resultados forem confirmados por uma pesquisa que se fizer na próxima temporada de chuvas – pois a enxurrada pode carrear muito material poluidor para o rio –, aumenta a esperança de que o problema, que se arrasta há meio século, foi solucionado. É necessário lembrar que a principal responsável pela poluição dessas águas do São Francisco com metais pesados, sobretudo o zinco, foi a Companhia Mineira de Metais, do Grupo Votorantim.
Até a década de 1980, os rejeitos desta indústria muito importante para a economia de Três Marias eram armazenados diretamente sobre o solo e, os efluentes líquidos, lançados no Córrego Consciência que deságua no São Francisco. Só em 1983 foi construída a primeira barragem de rejeito, sendo depois adotadas outras medidas. Mas em 2010, uma pesquisa mostrou ainda índices elevados de poluição por resíduos que se depositaram no fundo do rio.
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Fonte: Hoje em Dia