05/10/2015 - 16:51
O aniversário dos 514 anos do descobrimento do rio São Francisco, comemorado no dia 5 de outubro, foi destaque do telejornal Bom Dia Brasil, da TV Globo. A matéria especial mostra a extensão do rio, os problemas de sua bacia hidrográfica, com seus 504 municípios e mais de 18 milhões de moradores. O material jornalístico lembra da maior seca enfrentada pelo rio em sua história.
A reportagem garante que, ao contrário do que aconteceu no ano passado, a principal nascente do São Francisco não vai secar. “Os biólogos do Parque Nacional da Serra da Canastra já sabem que a nascente não vai secar. Também está garantido o espetáculo da principal queda d’água, que fica a cerca de 14 quilômetros da nascente”, informa a produção jornalística.
O telejornal também mostrou a realidade encontrada em Petrolina (PE), onde um trecho do rio não ultrapassa os 80 centímetros de profundidade e pode ser atravessado de uma margem a outra a pé. “Nos últimos 40 anos, o São Francisco foi o que mais perdeu água”, atesta o representante do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Israel Barreto. As imagens do trecho pernambucano banhado pelo Velho Chico também mostram o lançamento de esgotos diretamente no leito do rio.
Em Alagoas, as imagens mostram os imensos bancos de areia, que atrapalham o tráfego das balsas. Em Penedo, a reportagem enfatiza a indignação do pescador João Bosco dos Santos, enquanto o comandante da balsa, José Luiz, relata que fica cansado a cada trajeto que faz com o veículo. Segundo ele, a balsa transportava até caminhões, pois a profundidade do rio, antigamente, era de 27 metros e hoje não passa de 1,5m. Por esse motivo, o transporte entre Alagoas e Sergipe só pode ser feito pela balsa levando carros pequenos e, no máximo, um caminhão.
Ao final da reportagem, o apresentador Chico Pinheiro lamenta ver “os rios morrerem de sede” e relembra a realidade do rio Doce, que também nasce em Minas Gerais, vai até o Espírito Santo e não consegue chegar ao mar.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF
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