Encontro é marcado por diálogo, tomada de decisões e alinhamento estratégico sobre pautas importantes no âmbito do Rio São Francisco
Membros da Diretoria Colegiada (Direc) do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) se reuniram nesta terça-feira (06 de fevereiro), em Salvador, para debaterem, entre outros pontos, sobre o calendário de eventos do Comitê, a participação no 8º Fórum Mundial da Água, a Campanha do Dia Nacional em Defesa do São Francisco e o trabalho de comunicação executado pela Tanto Expresso. Pautas estratégias no âmbito da Direc também foram discutidas, de forma a amparar a tomada de decisões e gerar encaminhamentos importantes para o avanço das demandas da Diretoria.
Na programação, os participantes debateram, ainda, sobre o Programa Sanfranciscano de monitoramento, fiscalização e controle de direito de uso dos recursos hídricos com a utilização de drones – proposta defendida pelo professor Melchior Carlos do Nascimento, que integra a Direc, e tem como entidade proponente a FUNDEPES, ligada à Universidade Federal de Alagoas (UFAL). A iniciativa tem a finalidade de fazer um mapeamento móvel cadastral de pontos de captação de águas e de lançamentos de efluentes instalados no Rio São Francisco.
A pauta do dia também contou com os informes sobre os projetos especiais demandados pela Direc, que ficaram à cargo de Alberto Simon, diretor técnico da Agência Peixe Vivo. Entraram na relação demandas de diferentes regiões, tais como: apoio à aldeia Kariri- Xocó (AL); construção de estrada de acesso para o Povoado Resina, em Brejo Grande (SE); reservatório CASAL, em Piaçabuçu (AL); e elaboração do Plano de Recursos Hídricos do Rio Corrente, em articulação com o governo da Bahia. Este último ponto, inclusive, será um dos temas debatidos nesta quarta-feira (07 de fevereiro), na Oficina do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio São Francisco (PRH-SF), também na capital baiana.
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Calendário de eventos
Sobre a participação no 8º Fórum Mundial da Água, foram anunciadas mais 10 novas vagas para inscrições – chegando num total de 30. Sobre o estande do CHBSF no evento, Anivaldo Miranda, presidente do CBHSF, disse que “a ideia é promover um espaço bem dinâmico, com programação diária.”
Ainda sobre eventos, Melchior Nascimento, que também faz parte do Fórum das Instituições de Ensino e Pesquisa da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FIENPE) falou sobre o II Simpósio da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, que discutirá os Desafios da Ciência para um novo Velho Chico, entre 03 e 06 de junho, em Aracaju, Sergipe. O prazo para a submissão de trabalhos foi prorrogado– até 28 de fevereiro. “O evento tem como finalidade fortalecer nossa relação institucional com o segmento acadêmico. Nossa ideia é que ele se torne autônomo, seja capaz de atuar independente do aporte financeiro do Comitê”, comentou.
Em 2018, destaque também para as oficinas sobre o Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio São Francisco com os governos, o que também contribuirá para a construção do Pacto das Águas. Após o encontro na Bahia, chegará a vez de Minas Gerais, em abril. Entre as outras localidades estão Brasília e Recife, com datas a serem confirmadas.
Também devem acontecer o Festival de Cinema em Penedo (AL), previsto para novembro, e ações para a campanha Eu viro Carranca para defender o Velho Chico, em junho. “Nossa campanha ganhou um volume, é reconhecida. Todo mundo conhece o ‘Eu Viro Carranca’. Muitas instituições adotaram esse lema e as pessoas se apropriaram de uma coisa que é de todos. A Campanha foi lançada para isso mesmo, para mobilizar e fomentar a defesa do Velho Chico, cobrando ações concretas “, reforça Maciel Oliveira, vice-presidente do CBHSF.
Ainda estão no calendário de eventos, sem data e locais definidos: Seminário sobre Nova Matriz Enérgica na BHSF, V Encontro dos Comitês Afluentes, Seminário de Manejo integrado e águas subterrâneas e superficiais, Seminário de Pesca Artesanal, e Plenárias Ordinárias.
Comunicação
A equipe da Tanto Expresso marcou presença no evento para mostrar os principais resultados de trabalho em quase um ano à frente da comunicação do CBHSF. Paulo Vilela, diretor da empresa, reforçou que todas as metas estabelecidas foram alcançadas, numa atuação pautada pelas necessidades do Comitê e pelas especificidades do cenário e do público com o qual se quer comunicar. “Este primeiro ano foi marcado pela estruturação da base de um trabalho sério, pela produção de uma infinidade de conteúdos multimídia e pelo diálogo com diferentes atores que integram o Comitê. Nossos resultados mostram que estamos no caminho certo e o momento agora é de evolução”, comenta.
Natália Nogueira, responsável pelo planejamento, monitoramento e avaliação, destacou o fortalecimento institucional do CBHSF a partir do trabalho desenvolvido. “É possível perceber uma mudança de percepção do Comitê. Além disso, estamos nos firmando como ponto focal e fonte de credibilidade em pautas sobre assuntos relacionados ao São Francisco.”
Anivaldo Miranda, presidente do Comitê, reforçou a importância de uma comunicação que mostre um “Brasil profundo, que o próprio Brasil não conhece”. Para ele, “a alma da nossa comunicação é o jornalismo, pois estamos disseminando uma narrativa, um discurso, para o futuro da gestão dos recursos hídricos”.
Por Andréia Vitório
Fotos: Manuela Cavadas