No início da XXX Plenária Ordinária do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, que vem acontecendo em Belo Horizonte, a Diretoria Executiva (Direx) prestou uma homenagem àqueles que apresentaram grande contribuição para a existência e as atividades do CBHSF. Houve a entrega de uma placa alusiva ao período de 15 anos de funcionamento do colegiado, completados em 2016.
Foram homenageados os pescadores Antonio Gomes dos Santos e Norberto Antônio dos Santos; os ex-presidentes do Comitê José Carlos Carvalho (representado pelo filho, Ricardo Carvalho) e Jorge Khoury Hedaye; o ex-secretário do Comitê Luiz Carlos da Silveira Fontes;o membro fundador do Comitê Pedro Lúcio Rocha; e a promotora do Ministério Púbico do Estado da Bahia, Luciana da Costa Khoury. Pedro Lúcio Rocha recebeu a homenagem de forma emocionada. “Agradeço a lembrança pela nossa batalha em defesa do São Francisco, em defesa da vida. É preciso que o homem se sinta senhor da história, na defesa do meio ambiente. Deus deixou a água como preservação e manutenção da vida e o homem ainda não reconheceu”, disse.
Antonio Gomes dos Santos, conhecido como “Seu” Toinho, lembrou o período em que passou pela gestão do CBHSF. Dirigindo-se ao secretário do Comitê, Maciel Oliveira, que entregou a placa solene, recordou de quando ocupou o cargo, mas não tinha tempo para se dedicar às atividades do colegiado. “Esse rapaz faz um bom trabalho na secretaria”, ressaltou Seu Toinho. “O Comitê merece ter nosso amigo Anivaldo na condução desse grupo”, complementou. Seu Toinho fez um relato de sua trajetória de vida, mostrando sua antiga ligação com o rio São Francisco, do qual tirou a sobrevivência para ele e toda a família, pois ficou órfão de pai aos 12 anos de idade, junto com outros nove irmãos.
Norberto Antônio dos Santos disse que chegou às margens do São Francisco em 1959, em Minas Gerais. “Minha família me tirou de Minas para São Paulo, onde passei 26 dias, quando só fiz chorar. Quando voltei, foi o melhor dia da minha vida. Fui recebido pelo São Francisco com o maior carinho. Quero finalizar dizendo que, quando morrer, quero ser enterrado às margens do rio”, concluiu emocionado.
O presidente do CBHSF, Anivaldo Miranda, disse que o colegiado faz uma homenagem singela, mas é o reconhecimento da doação de cada um deles à existência do São Francisco. “Quando nós fizemos essa homenagem, quero que vocês levem um abraço fraterno nosso. Quando vejo Luiz Carlos, lembro que foi a pessoa mais firme e determinação que teve. É um professor universitário que continua no seu trabalho, com suas pesquisas. Você orgulha o seu estado de Sergipe e a todos nós. Vocês são figuras que fazem parte da paisagem. Levem nosso abraço”, disse Miranda.
ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF