Texto e fotos: Juciana Cavalcante
Mais de 500 famílias da comunidade do baixo Salitre, zona rural de Juazeiro, na Bahia, foram diretamente beneficiadas com o serviço de desassoreamento realizado na calha do rio Salitre, afluente da bacia hidrográfica do São Francisco. O trabalho, que durou 60 dias, foi finalizado na última semana e atendeu 25 quilômetros do rio, onde se encontrava os pontos mais críticos e impediam a agricultura e a permanência dos ribeirinhos na sua terra de origem.
A obra foi feita pela 6ª Superintendência Regional (SR) da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) em atendimento ao pedido da Associação Águas do Salitrinho, entidade criada em julho de 2015, para gerenciar a água das duas adutoras instaladas nas comunidades do Junco e Horto, onde são cadastrados em torno de 320 agricultores em uma área total de 473 hectares.
De acordo com o presidente da associação Roberval Amorim o serviço era esperado há mais de oito anos. “De lá para cá os prejuízos foram incalculáveis, pois na época que mais se precisava da água não tínhamos, principalmente no segundo semestre. Agora, podemos ver uma mudança radical. Os moradores antes saiam do seu habitat a procura de emprego e hoje trabalham na sua própria terra”, afirmou.
Rio Salitre
O rio Salitre nasce na localidade de “Boca da Madeira”, na Chapada Diamantina, município de Morro do Chapéu, Bahia. Ele é intermitente e tem aproximadamente 333 km de extensão. A bacia é composta por nove cidades: Morro do Chapéu, Várzea Nova, Miguel Calmon, Umburanas, Jacobina, Mirangaba, Campo Formoso e Juazeiro, onde encontra deságua no rio São Francisco.