“Que falta eu sinto de um bem, que falta me faz um xodó” Não tem como ouvir essa canção e não lembrar de José Domingos de Morais, o Dominguinhos, sanfoneiro que levou a cultura nordestina para o mundo através de suas músicas.
Nascido em fevereiro de 1941, em Garanhuns, agreste pernambucano, Dominguinhos começou a tocar ainda pequeno nas feiras, para ajudar no sustento da família. Mas foi no Rio de Janeiro que sua carreira decolou, depois de ter sido apadrinhado pelo rei do Baião, Luiz Gonzaga.
Ao longo de sua trajetória, Dominguinhos gravou mais de 40 discos e fez parcerias, cantando, tocando e compondo, com grandes artistas da música popular brasileira como Chico Buarque, Anastácia, cantora também pernambucana, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Sivuca.
Com 72 anos de idade, esse grande músico encerrou sua carreira depois de ter lutado contra um câncer no pulmão. Ele faleceu ontem, 23 de julho, em São Paulo.
De Dominguinhos ficará a saudade do som ritmado de seu fole e o legado cultural que ele deixou com suas canções que falam de alegria, do amor e do povo nordestino.