Por todo o Norte e Nordeste do território baiano, os vestígios da cultura indígena estão presentes. Pankararés, Atikuns, Tuxás e Kaimbés são apenas algumas das tribos que se desmembraram do imenso tronco étnico originado pela nação Cariri. Estas tribos ocupam hoje a região compreendida pelos municípios de Paulo Afonso, Glória, Rodelas, Sobradinho e Euclides da Cunha.
Estes primeiros povos que ocuparam as terras às margens do Velho Chico se desenvolveram deixando um legado de sustentabilidade e respeito pela natureza. Hoje, os descendentes da nação Cariri preservam sua cultura em pequenas aldeias indígenas autônomas que fazem parte do roteiro turístico da região.
Os primeiros contatos com o homem branco ocorreram ainda no século XVII. À época, os Cariris aproveitavam as riquezas naturais do rio, e viviam da pesca, caça e do que coletavam nas matas da margem. Mas é sabido que também plantavam a mandioca e o milho de onde herdou-se o costume de comer o beijú, a tapioca, a puba, a canjica e o cuscuz. Utilizavam o pilão de socar, abanos e esteiras feitos com matéria-prima local e também manuseavam a cerâmica produzindo vasos, pratos e panelas.
Para quem gosta de acompanhar o rio São Francisco e suas histórias, uma visita guiada às tribos remanescentes não é apenas um excelente passeio, como uma oportunidade de visitar uma parte pouco explorada do estado e descobrir a cultura indígena da região.