Mais de 1500 pessoas, entre dezenas de jovens estudantes de escolas municipais, caminharam nesta terça, 03/05, pela orla fluvial de Juazeiro, no Submédio São Francisco, em defesa do rio que é parte fundamental da história, cultura e desenvolvimento das comunidades que vivem em seu entorno. Revelando a diversidades dos povos da bacia, o Dia Nacional em Defesa do Velho Chico reuniu, além dos estudantes, comunidades indígenas, barqueiros, pescadores, catadores de material reciclado, ambientalistas e diversas organizações.
Grupos como os índios Tubalalá, localizados entre os municípios de Abaré e Curaçá, que demonstraram sua preocupação com a situação atual do rio São Francisco. “Já estamos sentindo o impacto da crise do rio. O peixe praticamente não é mais encontrado. Nossos pequenos barcos ficam encalhados nos bancos de areia. É muito importante uma atividade desta, nas ruas, para desperta toda sociedade. Para que cada um pense: o que eu posso fazer para ajudar o Velho Chico?”, destacou a índia Maria do Socorro.
A juventude, que recentemente tomou as ruas de todo país, por melhorias e maior participação popular nas decisões, demonstrou que a defesa do rio é uma das pautas prioritárias. “A Copa eu abro mão. Eu viro carranca é para defender o Franciscão” , foi um refrão entoado das canções improvisadas pelos jovens, em meio ao jingle oficial da campanha “Eu viro carranca para defender o Velho Chico”. Uma das mais animadas era Emile Soares, de 14 anos, estudante do Cetep/Sertão do São Francisco, que junto com a equipe Hashtag Conectada, demonstrava seu amor pelo rio. “Todos unidos para defender o São Francisco. É preciso união para que haja conscientização”, defendeu.